joão miguel ♛

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Um passado doloroso, um presente lutado, um futuro desejado...

Aparentemente já nada me parecia dar razões de voltar a sorrir, de voltar a acordar, não tinha vontade de amar, não sentia desejo de viver. As forças já não eram o meu forte, agora liderava com o desejo de te ter, agora a força de eu acordar era o objectivo de te possuir. Seguindo os teus passos, recordava os velhos momentos, as velhas fotografias que me punham a chorar inconsolavelmente por no passado ter cometido o maior erro da minha vida em te deixar, por no presente te querer explicar o porquê da minha decisão do passado, e por no futuro voltar a querer ter-te junto a mim. Tu, triste passado que influencias-te o resto da minha vida, só tenho a agradecer os novos objectivos de vida que me deste e o facto de me teres ensinado a lutar, só tenho a queixar-me todo o sofrimento que me proporcionas-te… Hoje, sei lutar, hoje, aprendi a não desistir, hoje, caminho de cabeça erguida perante a dura verdade que no passado se apoderou da minha cabeça, pois ‘o possível só é alcançado tentando o impossível’.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Afinal, ser 'eu' é bom ou mau?

Estava perdido, olhando em volta não tinha sinais de ti, não sabia quem eu era, não entendia o porquê de estar ali, o porquê de estar tão escuro a ponto de não se ver quase nada, mas seria uma simples escuridão ou parte de mim que teria sido destruída? As recordações passadas já não me dizem nada, como se uma borracha tivesse apagado o significado que estas à poucos dias tinham para mim, dei conta de que virei uma nova pagina da minha vida, que finalmente tinha conseguido virar costas ao que me prendia constantemente no passado, que estava coberto de um denso nevoeiro que não me deixava ver quem eu realmente sou. Comecei por descobrir que este novo ‘eu’ poderia destruir grandes amizades, grandes momentos, que poderia até mesmo levar-me à solidão e em vez de me tornar feliz, aos poucos tornava-me triste e inseguro. Voltei a olhar em meu redor, e uma pequena luz ofuscou-me a vista, algo dentro de mim apercebeu-se de que aquele era o caminho a seguir, a luz transmitiu-me a segurança de que necessitava, relembrou todos os sorrisos vividos, sussurrou que o novo ‘eu’ poderia ser o começo de uma nova geração, avivou a esperança que sempre permaneceu no meu coração, aquela que talvez me tenha feito levantar todos os dias com as forças necessárias, a esperança de que um dia seria feliz, mas… serei ‘eu’, capaz de abrir caminho por entre esta multidão que nada vê e mostrar-lhes que o mundo tem mais para dar?

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Não acredito...

Não acredito que passámos por tudo juntos, que sempre seguiste rumo a meu lado e que a tua dor não foi obstáculo para não me ajudares. Não acredito que depois de tudo o que vivemos o fim tivesse de chegar, que depois dos melhores anos da minha vida, tivesses de te ir embora. A dor desta vez não era tua, era minha, era eu quem carregava com ela, atingindo-me quando menos esperava não tive tempo de me defender e a reacção foi imediata, as lágrimas que no antes eram suspensas por ti, no agora escorriam sem fim. Com um futuro tão próximo de nós e o imenso medo de te perder, a dor voltou a assolar o meu corpo e este cedeu, perante tudo e todos, chamei a atenção de todos soltando o ultimo ruído vindo da mais ínfima força que ainda possuía. Quando já nada parecia possível, tu num simples gesto estendeste-me a mão prometendo não me deixar e eu olhando nos olhos não pude negar, eras tu quem eu queria, quem eu precisava de ter presente todos os dias a meu lado a dizer o quanto me ama. Foi fatal, as nossas mãos uniram-se, os nossos dedos entrelaçaram-se, os nossos olhares cruzaram, os  nossos corpos aqueceram, os nossos braços envolveram-nos e as minhas lágrimas voltaram a escorrer…

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Foi a minha vez...

* Sofro por pessoas, existe quem lhe chame estupidez, quem ache uma parvoíce, quem não ache correcto, mas desde já vos digo, é um sofrimento reflectido em lágrimas que permitem mostrar o amor que sinto. *
Tal como estava à espera, foi a minha vez de cair, perante a ausência de muito, perante o silêncio das palavras, perante a falta de ti, o oceano de culpa invadiu o meu coração, o mar de angústia encharcou-me e o rio de desespero apoderou-se da minha alma. Foi aí, quando dei conta de que não possuía nada o meu corpo cedeu e tombou bruscamente para o vazio, sem algo que me aparasse a queda bati friamente na parede de sofrimento que à muito me esperava. O choque horrível fez-me soltar o gemido final… foi então que tudo parou, foi aí que deixei de sentir dor, deixei de respirar, o mundo onde estava presente não era o mesmo de à segundos. Era diferente… seria um sonho? Seria partida da minha imaginação? Era tudo tão real, como poderei eu ter certeza de algo que me deixou sem vida? Que me deixou destruído por dentro e cansado por fora…como?

domingo, 17 de julho de 2011

Saudades

Não fui capaz de pronunciar a palavra “adeus”, mesmo sabendo que irias voltar brevemente. A vontade que assolava o meu corpo em desatar a correr na tua direcção e jogar-me nos teus braços era imensa. Estava mergulhado em lágrimas de saudades com a tua ultima mensagem que me apertava o coração de tal maneira que quase não respirava, não consegui habituar-me a tempo suficiente de que ias ficar distante de mim. Não me mentalizei de que teria futuramente de aprender a viver com a ausência das tuas palavras e consequência disso, não pude evitar a saudade que se expandia a cada segundo dentro de mim. Olhando para as tuas fotografias recordava cada palavra querida que me dizias, cada frase recheada de sinceridade, cada mensagem totalmente incrível, tudo me recordava de que estavas longe, tudo me relembrava que ainda hoje era o primeiro dia, sendo assim pergunto-me “e amanha?”, como vai ser mais um dia sem ti? Como vou aguentar mais um dia sem as tuas palavras? Sem o teu amor…

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Caís-te...

Finalmente conseguimos, finalmente olhámo-nos nos olhos e conjugámos o verbo “amar”, finalmente não nos limitámos a virar as costas e os nossos lábios pela primeira vez encontraram-se num beijo reconfortante para ambos, cheio de harmonia e paz, num mundo completamente vazio, sem problemas…onde ambos começámos a construir a NOSSA história, o nosso futuro! Num passado já para nós distante, relembramos o primeiro sorriso, a primeira palavra, o primeiro encontro, o primeiro nada e o primeiro tudo, diante de um futuro recheado de esperanças, onde aparentava reinar a perfeição e a magia do nosso amor, a mais bela melodia do adeus ressoou, numa desilusão horrenda as nossas mãos já não se encontraram, as nossas palavras já não se arrastavam numa paixão intensa, os nossos olhares já não eram profundos, os nossos corpos já não nos chamavam e eu vi-te cair. Perante a multidão intensa de sentimentos, a almofada de dores e o mar de lágrimas, o teu corpo tombou intensamente sobre a cama que o nosso amor construiu e eu já não te vi levantar, já não revi o teu intenso olhar onde me perdia constantemente, os teus longos cabelos que pairavam ao ritmo do vento, já não pude ouvir as mais sinceras palavras pronunciadas pela mais magnífica voz que já alguma vez haveriam tocado nos meus ouvidos. Foi o fim de nada e o começo de tudo, uma vida até agora esquecida foi descoberta pelo meu ser que com a força das palavras se ergueu perante uma guerra em que jurou de joelhos sobre o chão, sair vitorioso.

domingo, 10 de julho de 2011

Quem sou eu?

Diante de um espelho límpido de lágrimas, ficou gravado um rapaz que me era familiar, que antes aparentava ser perfeito, mas que se veio a revelar tudo menos aliado da perfeição. A melodia das tuas palavras atacaram-me, e por momentos senti-me fraquejar e caí. Caí no meio da escuridão do passado que mais uma vez não me despertou os sentindos. Continuei caído no meio do nada, no meio de um mundo que já não me inspirava vontade de viver, mas sim de desistir, de desaparecer, que já não me dava forças para levantar… Mas não podia virar costas à verdade, ergui-me perante as forças que não possuía, e levantei-me, rasguei o silêncio, com o mais repugnante ruído causado pela minha voz sem sequer me lembrar de que ninguém me iria ouvir. Foi então que mais uma vez me surgiu a velha questão do “ quem sou eu?”, no meio do nada e do tudo, do ódio e do amor, da alegria e da tristeza, do choro e das lágrimas, no meio de mim e de ti, quem sou eu? Que faço perante os olhos de vós? Vós que amais o passado ao contrario de mim, vós que fazeis com que tudo pareça perfeito perante os olhos de todos! Não acreditando em ninguém, segui em frente, de olhos vidrados na mais reluzente estrela e segui o meu caminho, continuando a descobrir quem realmente sou, sem ter medo de enfrentar novamente a dor do passado e das descobertas… Olhei em meu redor, certificando-me de que estava sozinho e perante os ouvidos de ninguém, soltei um grito sofredor pronunciando novamente a frase “QUEM SOU EU?”.

sábado, 9 de julho de 2011

Porquê?

Espero um dia poder abraçar-te, enquanto a minha voz te diz tudo aquilo que nunca pôde ser dito directamente, aquelas palavras que nos enchem o coração, espero um dia poder fazê-lo sem que exista aquele obstáculo chamado “distância” entre nós. Aguardo pelo mais insignificante sinal de ti sem que a tua presença possa ser regular. Apareces somente quando não estou à espera, apareces em pequenas mensagens, em pequenos sinais que não são concretos, que deixam tudo em aberto sem que possa ser traçada a linha do fim. Deixas-me num desespero contínuo, num sofrimento já meu conhecido, numas saudades infindáveis que cada vez mais me destroem, numa escuridão que não consigo desvendar… mas porquê? Porquê o choro repetitivo e sem razão? Porque não posso eu, conseguir ver-te como apenas mais uma amiga? PORQUÊ?