joão miguel ♛

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Mulher de Armas


Mais um ano, mais uma vitória, mais uma gloriosa chegada ao mais alto dos precipícios. Estou quase no topo, pronto para a turbulenta descida a que me começo a habituar. O cheiro da vitoria floresce no mais rico dos prados, onde tu dominas os ares, onde o teu longo vestido da mais pura das cedas rosas, esvoaça por entre os trilhos traçados a rigor na tua ignorância. Dona do mais belo paraíso, combates de punho sobre o peito, os cobardes que se traçam no nosso caminho. Derrotas este mundo de preconceito, onde cegas qualquer homem com um tremendo esplendor, que até a mim me mete confusão. Rainha da perfeição, poderosa donzela, és agora a mulher de armas deste reino. Eu e tu, tu e eu, nós os dois, aqui, agora, para sempre, lado a lado ou de costas voltadas ao destino, enfrentaremos tudo e todos, até o mais forte dos dragões cairá aos nossos pés quando o escudo do amor for tão poderoso quanto a tua beleza. Mas agora aproveita, agarra a minha mão enquanto podes, porque amanhã, o imenso exército de invejosos irá começar a batalhar, mas vê o lado positivo, não estás sozinha. 

« Obrigado a todos por 2011 e um Feliz 2012 para todos. Nunca se esqueçam, conquistem os vossos sonhos. »

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

agora, deixa-me jogar.

Fechado nestas quatro paredes, rodeado do imenso sufoco de raiva que me enxerga o sangue de um ódio que à muito não sentia, estou revoltado, não contigo, mas comigo! Inalando a tua mentira a todo o custo envolta na imensa verdade que escondes à força de todos. Exiges mais de mim, quando de ti não arrancas a gloriosa fama a que te habituaste, mas lamento imenso, o papel vem escarrapachado na embalagem, em letras grandes e gordas, trás escrito ‘FRÁGIL‘, e ao mínimo deslize, tudo se parte. Bem, é tarde demais, não te valeu o papel quanto mais a agonia de estragar o interior, de acabar com o passado. A brincadeira acabou quando tu perdeste a piada, quando a embalagem voo entre nós e me rasgou o pulso, quando o pingo do meu sangue coberto de raiva tocou suavemente o chão, onde rapidamente se espalhou, transformando-se consideravelmente numa mancha assustadora. Foi um golpe tão baixo, mas okay, tenho que admitir que fizeste um belo jogo, mas agora perdeste a vez. Quem vai jogar sou eu, e não preciso adversários.

não voltes, por favor .


Prometes-te e rompes-te tudo. Quiseste e não mostraste nada. Gostavas, mas para quê? Para quê se para ti não sou nada, pior, para quê se para ti nunca fui ninguém.. Iludido pelo teu poder de sedução, permaneci cego, fiz ouvidos de mercador e nada escutei a não ser as tuas doces palavras que com o passar do tempo foram apodrecendo diante de tudo o que nos ligava, diante de um amor tão falso quanto tu. Fui burro, tão burro que nem estava à espera de tamanha burrice. Ontem, Rainha da perfeição, mulher do fogo, menina de porcelana, bebé de ouro, mas hoje, não és mais que as cinzas de um grande incêndio. Parecias tão inocente quanto eu, mas lamento, fartei-me de tudo o que era falso em mim, cansei-me de ser o menino perfeito que engolia todos os teus piropos, que bebia a tua estupidez ao tentar fazer-me de parvo, hoje, cresci, sou novo, quero somente que te lixes e me deixes em paz, quero apenas que me deixes, vai embora ignorante e por favor, não voltes!