Boa noite, meu rei, estou sentado diante dos imensos comentários que fazíamos, preso à nostalgia que deixaste construir somente porque te apetecia, e hoje, hoje te garanto que os comentários que fazes não me atingem, já não lutamos lado a lado, para um futuro a 2, mas sim, para encontrarmos alguém que nos perceba, lutamos desta vez em sentidos opostos, afasta-mo-nos cada vez mais e sei que um dia haverá mais um oceano entre nós. (...) o meu café está quente e a minha cama pronta para me acolher, pus mais uma manta porque sei que destas vez não vais voltar para me aquecer o coração e ambos sabemos que gosto de me manter quente, a musica ecoa no meu quarto que dizia-mos ser nosso e desta vez não te oiço a acompanhar a música. (...) quero que entendas de uma vez por todas que não tens de ser quem sempre foste, as pessoas mudam e a distância não ajuda, quero acima de tudo que sejas feliz, mas algo que não te disse é que para o seres, um dia, terás de mudar. Agora estou cansado, velho, exausto, o trono caiu, a espada não brilha mais ao sol, e o palácio desmoronou, agora tenho experiência, orgulho e sabedoria, não me toques no ombro como uma mão amiga, os meus reflexos são rápidos e não quero magoar-te, para qualquer das dúvidas serás sempre o meu menino, o meu rei, aquele rapaz que me fez crescer como nunca outra pessoa antes o fez, sei que estás feliz e prometo nunca mais te chatear.
uma frase? " ainda te amo. sempre te amarei "
I am not afraid
segunda-feira, 10 de junho de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
Choro. Choro porque sei que preciso, ou porque não tenho muito por onde escolher. Sei que os nossos olhares poderão nunca mais cruzar e até temo que isso aconteça, temo que tudo volte à primeira vez que tal aconteceu, temo que volte a sentir, tudo o que já senti. Estou preso nestas 4 paredes onde tenho a certeza que não podes aparecer, mesmo assim, sinto, sinto-te presente em cada canto, canto esse que o meu coração não tem coragem de enfrentar. O teu cheiro paira sobre o ar como se estivesse preso em mim... e o resto, o resto das memorias que temos juntos, não quero que voltem, não quero reviver os nossos bons momentos, estou cansado das nossas fotografias e de todas as musicas que me fazem lembrar de ti, estou farto de acordar e não te ter ao meu lado, nem a ti, nem às tuas mensagens que me acompanhavam durante o dia, tenho algo que não pertence somente à minha pessoas, quero entregar-te, é tua, é tua a saudade e por ser tua, choro.
domingo, 3 de março de 2013
Boa noite, pecado.
Relembro as cartas que escrevias para outra pessoa, a terceira do singular. Das quais, aparentavas não receber uma única resposta, lembras-te? Hoje, estás mais distante que nunca e temo que não voltes, a guerra está intensa e não te garanto que voltes como tens feito tantas outras vezes. Quero ser eu a responder-te a todas as cartas escritas em vão. Vamos deixar a cobardia de lado e verificar se as armas estão prontas para o que se segue. Tenho medo que a tua pessoa se perca com o tempo e orgulho em tudo o que deixas para trás. O sangue corre-me frio nas veias, frio como o ar gelado da rua onde me deixaste pela última vez, sentado e sem um último adeus. Não te irei perdoar, nem mesmo se fores derrotado por todos os outros que te rodeiam. Deixo-te, tal e qual, como tu me deixas-te, sozinho e abandonado, espero que consigas lutar sem mim, pois se outras tantas vezes escrevi que ia enfrentar o mundo contigo, agora te escrevo que o tens de fazer sozinho, e se assim o é, algo mudou. E como nós não mudamos, simplesmente crescemos, tenho a dizer, obrigado, fizeste-me crescer.
Relembro as cartas que escrevias para outra pessoa, a terceira do singular. Das quais, aparentavas não receber uma única resposta, lembras-te? Hoje, estás mais distante que nunca e temo que não voltes, a guerra está intensa e não te garanto que voltes como tens feito tantas outras vezes. Quero ser eu a responder-te a todas as cartas escritas em vão. Vamos deixar a cobardia de lado e verificar se as armas estão prontas para o que se segue. Tenho medo que a tua pessoa se perca com o tempo e orgulho em tudo o que deixas para trás. O sangue corre-me frio nas veias, frio como o ar gelado da rua onde me deixaste pela última vez, sentado e sem um último adeus. Não te irei perdoar, nem mesmo se fores derrotado por todos os outros que te rodeiam. Deixo-te, tal e qual, como tu me deixas-te, sozinho e abandonado, espero que consigas lutar sem mim, pois se outras tantas vezes escrevi que ia enfrentar o mundo contigo, agora te escrevo que o tens de fazer sozinho, e se assim o é, algo mudou. E como nós não mudamos, simplesmente crescemos, tenho a dizer, obrigado, fizeste-me crescer.
Adeus, com lágrimas, do teu rei. Guarda a coroa, já que é a única coisa que
resta de nós.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Somos seis, seis
sobreviventes, seis amantes trocados pelo destino. Eramos o pensamento mais
abstraído da inocência e os mais apanhados desprevenidos. Eramos o cumulo da
ignorância e o presente de um passado temido. Fechados dentro de ‘quatro’
paredes revivemos os tempos de criança e os primeiros momentos juntos. Separados
pelo futuro, e unidos por um elevador que nos fez lutar lado a lado como se
tudo não tivesse um ‘porquê’ de ter acontecido. Mais juntos que nunca,
obrigados a viver sem qualquer tipo de espaço entre nós, não desejámos a ninguém,
mas pensem agora, foi bom, tão bom que tornámos um momento temido num momento
de riso, rimos tanto por algo tão parvo que meia hora passou e sinceramente,
quase voou. Adaptámo-nos ao que tínhamos como se fossemos um só e nunca demos
tanta importância uns aos outros como hoje. Não queria sequer ter fechado os
olhos naquele cubículo, não queria ver-nos desfalecer perante o que já nada podíamos
fazer e o espaço que nos quebrava os movimentos, não vos queria ver sofrer,
quero somente que fiquemos juntos para sempre, como se vivêssemos fechados
dentro de um miserável elevador. Só os 6, e um ‘elevador’.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
A chuva acalmou por hoje.
Estou cansado, levantei-me cedo e o dia ainda não acabou. Sinto a tua falta
como se de um vício te tratasses. Os trabalhos de casa são imensos e a vontade
é nenhuma, não consigo pensar quando o meu coração me recorda o teu nome a cada
palavra que pronuncio. Escusado será dizer que te amo tanto ou mais como da
primeira vez que falámos e que hoje és mais importante do que já alguma vez
foste, e que com tamanha importância faço de tuas palavras minhas, " Como a Lua
sente falta do Sol a meio da noite, eu sinto a tua. "
O frio cobre-me como se
de uma manta se tratasse, tenho os pés gelados e contínuo sem saber notícias
tuas, deves estar a estudar como quem consome informação por prazer. Já não
consigo sequer fazer algo sem ti e te garanto que o meu medo é muito mais do
que somente nós, tenho mais medo do que nos separa. Destes malditos caminhos
que parecem não ter fim até ao momento em que os nossos gélidos corpos se tocam
novamente. A música alta leva-me a um tremendo jogo de ping-pong entre ti e a
maldita letra que me preenche e aconchega os ouvidos. Sinto que tudo o que te
digo já te disse, ou somente que o irei dizer numa altura merecedora de tal
facto, só que a duvida de não haver amanhã assusta-me e leva-me a dizer tudo
sem virgulas. Mas sabes, agora posso suspirar um “finalmente” e espero um dia
poder também dizer o quanto te amo sem estradas de traço continuo que nos
obrigam a permanecer separados.
O tempo fez por si só aquilo
que por nós já estava mais que feito.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
« O nosso Filme »
Saí do café e estava, como habitualmente, a chover, mas desta vez chovia de uma maneira fria, como se juntassem a chuva à minha dor. Soube-me bem aquecer o coração quando a tua ausência se transformava na ânsia de te tocar novamente, mesmo sabendo ser impossível, mesmo sabendo que já não querias saber de mim. Estava sozinho naquele dia cinzento ausente das nossas memórias, sentindo o coração bater calmamente no meu peito. Atravessei a estrada de terra batida e vi um casal feliz do outro lado '' será que alguma vez terei assim alguém'' pensei enquanto limpava uma lágrima no canto do olho. Trocavam olhares como quem troca beijos, beijavam-se sendo quase possível ver o amor que os abraçava e a saudade voltou a controlar-me, ultimamente só pensava em ti. Tu que agora seguias naturalmente com a tua vida e eu que deveria conseguir seguir com a minha. Mas não, cada vez que punha os fones nos ouvidos e ouvia uma melodia mais triste, o teu nome invadia os meus pensamentos. O caminho de terra batida levou-me para uma casa abandonada, feita de pedra. ''Aposto que grandes amores viveram aqui'', e pensava de novo em ti. Olhei o horizonte e observei o sol a pôr-se, calmamente, enquanto a noite ocupava o seu magnífico lugar. Estava longe do meu querido aposento e sinceramente não fazia grandes intenções de voltar a correr. A noite estava calma, e dentro da casa existiam diversos quadros. Famílias. Casais. Crianças. Recordações. Lá estava eu de novo a pensar em ti. Começou a chover e comecei a sentir o frio a congelar-me os ossos. Sentia-te longe, sentia saudades do teu corpo a aquecer o meu. Olhei de novo o horizonte escuro e relembrei o dia em que a meio da noite te abracei, fazendo com que nunca me deixasses, mas não foi isso que aconteceu. Esperava continuar-te vendo correr até ao encontro dos nossos lábios e em vez disso vejo-te correr para os braços de outro alguém. Será normal tal desespero? Seria a isto que chamavam de amor? Abracei o vento e soltei uma lágrima. Estava cansado, sentia as pernas a cair gradualmente, mas mesmo assim continuei a andar para o desconhecido. Doía-me o coração, como se me espetassem uma faca nele, tinha a boca a saber-me a veneno e a única coisa que queria era sentir o teu abraço, o teu beijo. Não queria sonhar contigo, queria fazer os meus sonhos realidade e vivê-los contigo. Será que é pedir muito? Peço à lua e ao teu orgulho, peço que rompas da imensa escuridão quando eu não esperar e que me beijes como se não houvesse amanhã, por favor, vem e não vás, não me deixes sobre o céu escuro que me assola o medo, protege-me como só tu o sabes fazer. Mas só sabia pensar em ti. Tu, tu, tu, a segunda pessoa do singular ocupava-me a cabeça. Sentei-me numa pedra do lado direito da estrada e fitei a lua. Lembrei-me do dia em que passeámos ao luar no jardim de tua casa, quando me aconchegas-te nos teus braços e me beijas-te o pescoço enquanto eu olhava a lua, a única presente que assistia ao nosso filme de amor. Um romance sem fim que ainda poderia ter muito para dar se não fosse a maldita distância que sempre se lembra de intrometer quando tudo corre às mil maravilhas, mas se todo o filme tem um final feliz, porque não haveria o nosso de ter? E é esse final que eu espero tão ansiosamente.
Escrito com Mauro Santos - http://umahistoriaaluzdasvelas.blogspot.com
domingo, 9 de setembro de 2012
« Era uma vez... »
Era uma vez eu e tu, o
sol e a lua, o mar e a terra, a perfeição e a desilusão, era uma vez nós. Nós
que somos derrubados mesmo lutando de espada erguida e coroa no mais alto
orgulho, onde reza a lenda sermos dignos de tamanho coração já alguma vez
visto, destinados a lutar lado a lado. (…) E é do cimo da mais alta montanha
que se avistam os piores inimigos, destruindo tudo o que os rodeia até chegar à
mais profunda ferida de uma nobre aldeia, de um pobre povo, de um desmazelado
corpo. Mesmo assim continuarei sendo o rei do orgulho, prisioneiro de mim
mesmo, não deixarei que me afetes, nem mesmo se proferires perdão com a mais
digna promessa, não deixarei que me derrubes como sei que és capaz de o fazer
porque quero estar aqui para ser eu a ajudar-te a levantar quando a mais forte
aragem de problemas te deitar ao chão. Quero ser eu o teu futuro e o teu
escudo, quero ser eu digno de tamanha promessa que seja impossível de cumprir,
e depois quero ser eu a mostrar-te que sou capaz de tudo para a tornar tão
realidade quanto o amor que nutro por ti. Perdão das vezes que te magoei e das
noites em que te deixei entre essas quatro paredes sem notícias minhas, sem o
meu toque e o meu beijo, a minha palavra e o meu desejo de te possuir. E perdoa-me
também voltar sem avisar, mas não sou capaz de deixar arrefecer o lugar na cama
e o sítio onde costumo erguer a espada, voltarei sempre para te ajudar a
derrubar o terrível mundo que me nos separa anos a fio e sei que mais tarde ou
mais cedo derrubarás o meu orgulho sem que dês por isso. E então, era uma vez...
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