« Boneco sem sentimento, Humano sem dono. »
Prazer, é envolto em sentimentos que a maior das artes é construída, é preciso viver-se para se saber o que realmente é lindo de se ver. Sou rei da estupidez, sois minha cobarde cobaia, ou espera, os papeis não teriam sido invertidos? Sou eu o grande fantoche, sois vós a tão poderosa. E como se não fosse habitual, venho como fantoche reclamar a ironia da vida. Sou enorme, tão enorme que mal me consegues ver. Apesar de boneco, o meu sentimento é tão grande que nem sei como defini-lo. Apesar de poderosa, és ainda mais pequena que eu. Sois tão pequena, tão pequena, que já não te reconheço. Quem me governa, tem uma forma engraçada, mas agora odeio-o, pôs-me, vejam lá vocês, horas a fio sentado num banco, mas pronto, seja dito que o jardim diante dos meus olhos que nada vêm era até bem engraçadito, mas fartei, estava ali à tanto tempo que me enjoava a felicidade de todas as inocentes crianças a brincar, ou até a mais ignorante pessoa mais atarefada daquele enorme jardim. Sendo boneco não devia ter sentimentos, sendo humano, não devia ter dono. O certo é que me irritou de tal forma que até a mais linda melodia que me enchia de felicidade, naquele momento me desfez em lágrimas, me possuiu em raiva tamanha que me virei « sois meu dono, não sou eu teu escravo. » Deixei então para trás o papel de grande fantoche, sabeis quem sou eu agora? Sou director em grandes filmes, sou vós mais que tudo, e tenho uma triste notícia, estás despedida.