joão miguel ♛

domingo, 9 de setembro de 2012



« Era uma vez... »

Era uma vez eu e tu, o sol e a lua, o mar e a terra, a perfeição e a desilusão, era uma vez nós. Nós que somos derrubados mesmo lutando de espada erguida e coroa no mais alto orgulho, onde reza a lenda sermos dignos de tamanho coração já alguma vez visto, destinados a lutar lado a lado. (…) E é do cimo da mais alta montanha que se avistam os piores inimigos, destruindo tudo o que os rodeia até chegar à mais profunda ferida de uma nobre aldeia, de um pobre povo, de um desmazelado corpo. Mesmo assim continuarei sendo o rei do orgulho, prisioneiro de mim mesmo, não deixarei que me afetes, nem mesmo se proferires perdão com a mais digna promessa, não deixarei que me derrubes como sei que és capaz de o fazer porque quero estar aqui para ser eu a ajudar-te a levantar quando a mais forte aragem de problemas te deitar ao chão. Quero ser eu o teu futuro e o teu escudo, quero ser eu digno de tamanha promessa que seja impossível de cumprir, e depois quero ser eu a mostrar-te que sou capaz de tudo para a tornar tão realidade quanto o amor que nutro por ti. Perdão das vezes que te magoei e das noites em que te deixei entre essas quatro paredes sem notícias minhas, sem o meu toque e o meu beijo, a minha palavra e o meu desejo de te possuir. E perdoa-me também voltar sem avisar, mas não sou capaz de deixar arrefecer o lugar na cama e o sítio onde costumo erguer a espada, voltarei sempre para te ajudar a derrubar o terrível mundo que me nos separa anos a fio e sei que mais tarde ou mais cedo derrubarás o meu orgulho sem que dês por isso. E então, era uma vez...

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