joão miguel ♛

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

agora, deixa-me jogar.

Fechado nestas quatro paredes, rodeado do imenso sufoco de raiva que me enxerga o sangue de um ódio que à muito não sentia, estou revoltado, não contigo, mas comigo! Inalando a tua mentira a todo o custo envolta na imensa verdade que escondes à força de todos. Exiges mais de mim, quando de ti não arrancas a gloriosa fama a que te habituaste, mas lamento imenso, o papel vem escarrapachado na embalagem, em letras grandes e gordas, trás escrito ‘FRÁGIL‘, e ao mínimo deslize, tudo se parte. Bem, é tarde demais, não te valeu o papel quanto mais a agonia de estragar o interior, de acabar com o passado. A brincadeira acabou quando tu perdeste a piada, quando a embalagem voo entre nós e me rasgou o pulso, quando o pingo do meu sangue coberto de raiva tocou suavemente o chão, onde rapidamente se espalhou, transformando-se consideravelmente numa mancha assustadora. Foi um golpe tão baixo, mas okay, tenho que admitir que fizeste um belo jogo, mas agora perdeste a vez. Quem vai jogar sou eu, e não preciso adversários.

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